Jornal denuncia lixo hospitalar descartado em Avenida de Campina Grande

O Jornal da Paraíba flagrou, na manhã da última terça-feira, na Avenida Assis Chateaubriand, em Campina Grande, dezenas de bolsas de soro e outros objetos oriundos de unidades hospitalares, que não possuíam lacre e nem estavam etiquetadas indicando o local de origem. Alguns estavam sujos com marcas de sangue, o que reforça a possibilidade de descarte hospitalar clandestino.
De acordo com a Secretaria de Serviços Urbanos do Município, por mês são destinadas à incineração cerca de sete toneladas de resíduos vindos dos postos do Programa de Saúde da Família, Centro Municipal da Saúde e Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea).
Já da rede privada, dos consultórios e clínicas e, principalmente, do Hospital Regional de Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes são recolhidos, juntos, 3.200 quilos de resíduos por mês.
O processo de recolhimento e transporte do lixo oriundo dos hospitais é feito de forma diferente ao lixo doméstico. Conforme informações do secretário de Serviços Urbanos de Campina Grande, Fábio Almeida, e do diretor administrativo do Hospital de Trauma, Flawber Cruz, os resíduos são lacrados e etiquetados para que sejam identificados de onde eles saíram. O transporte até os incineradores é feito em um veículo fechado, para que seja evitado qualquer acidente ao longo do trajeto.
"Nós recolhemos algo em torno de sete toneladas por mês e levamos para um incinerador no bairro da Catingueira, onde eliminamos o lixo", explicou o secretário Fábio Almeida.
Já Flawber afirmou que o transporte dos resíduos, tanto do Trauma de Campina como dos hospitais e clínicas particulares, é feito por uma empresa contratada pelo Estado, que lacra, coloca o lixo dentro de uma caixa específica e transporta até o local onde é incinerado.
"Primeiro nós fazemos a separação do lixo comum e do hospitalar, e só depois é que esse processo de transporte é seguido", acrescentou Cruz.
AGEVISA
A Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa) de Campina Grande informou que a fiscalização é feita apenas na hora da separação e lacramento do lixo nos hospitais e clínicas e que casos como o do flagrante são encaminhados à Ouvidoria da instituição para serem investigados.